Galera este é um texto que foi mandado por e-mail para os jovens que fizeram o curso de biblia e juventudes, mas é importante que outros jovens também vejam.
Meninas e meninos, eu vi! Foi lá em Brasília/DF, mesma terra onde profetizou e morreu Gisley, o jovem. Morreu não... Foi assassinado! Aliás, como acontece com a maioria dos profetas. O fato é que eu vi, mais ou menos um ano depois da partida dele.
Antes, eu vira – estarrecido – mãos juvenis capazes de matar, sem questionar muito por quais lentes me fora possível ter esta visão. Porém, a partir dos últimos acontecimentos, à luz de uma nova lente, vi também histórias juvenis tecendo vida, ainda que timidamente, dispersas, isoladas e confusas – era madrugada e havia um jardineiro.
Mas eu não vi sozinho. Havia mais gente lá! Enxergamos primeiramente um túmulo. Estava vazio, embora devesse ter alguém. Tomadas/os de espanto, preocupamo-nos mais com o cenário de morte, mesmo estando vazio, do que com a possibilidade da vida, de uma nova criação, um novo jardim. Foi preciso que uma mulher gritasse: “Onde está Ele?” Se ela não dissesse nada, quanto tempo ainda ficaríamos dentro do túmulo, antes vazio, mas agora cheio de gente, nossa gente?
Vi as juventudes saindo de seus túmulos pessoais, alguns/umas jovens logo se acomodando em outros túmulos, mas a grande maioria saindo à procura de uma habitação de vivos. Embora tivéssemos vontade de andar pelo caminho certo, esquecemo-nos de perguntar: “Onde está Ele?” Sorte nossa termos Madalena, que forçara o olhar para enxergar alternativas à realidade nua e crua, a dar-nos a Boa Notícia: “Eu vi o Senhor!” Com isso, percebemos que não adiantava sair do túmulo. Precisávamos aprender a enxergar por nós mesmas/os, treinar nosso olhar. Mas não só isso... Era preciso saber, ainda, o que, ou a quem procurávamos.
Já falei que vimos um jardineiro? Melhor dizendo: não vimos, não; mas ele estava lá! Conseguimos vislumbrar o jardim, mas nos esquecemos que era necessário cultivá-lo, se quiséssemos vê-lo florido. Por isso, ignoramos o jardineiro. Somente Madalena se dirigiu a ele, perguntando se tinha levado o corpo do Senhor para outro lugar. Qual não foi a surpresa dela ao descobrir que o Senhor não estava morto coisa nenhuma, e que ele e o jardineiro eram a mesma pessoa? Nesse momento amanheceu, e Madalena pode ver claramente.
Demoramos para acreditar em Madalena. Lamentávamos a morte, em vez de perguntar por que o mataram. Ele fora executado como criminoso político, isso nós sabíamos. Mas por que, se ele falava de um Reino que nem deste mundo era? Tínhamos muito medo de fazer esta pergunta. Entretanto, quando amanheceu, fomos às ruas. Por que Ele morreu? Por que morrem as/os jovens? Quem nos está matando? Por que estão fazendo isso? Quando percebemos que a morte d’Ele não fora acidental, deduzimos que as outras mortes também não estavam acontecendo por acaso. Antes, foram arquitetadas. E isso – essa grande descoberta – incomodou quem estava querendo nos matar, sufocar, silenciar, tornar invisíveis. É preciso muita coragem para enfrentar esses grupos opressores. Coragem que só estamos tendo porque, igual à Madalena, “vimos o Senhor”.
Enfim, meninas e meninos, foram essas – além de outras, a serem contadas em outro momento – as coisas que eu vi. As juventudes dispersas em meio à escuridão da madrugada, ansiosas pelo sol prestes a despontar, perceberam na Bíblia uma ótima ferramenta para ver o Cristo, Alimento da Jornada. O encontro, em local e situação inesperados, porém livres das amarras institucionais, só foi possível porque deram-lhes novas lentes, as da Hermenêutica Juvenil.
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